Casa de Sil de Polaris

Porque não se fica velho duas vezes !!!

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Local: Brazil

Eu sou proprietária dessa casinha magnífica que tem sofrido reformas ... ^^

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Eu estive provando de muita amargura, embora não de uma amargura extrema ou de uma amargura perigosa mas de uma amargura triste infinitamente, há dois anos e meio sem trégua. Mas sem trégua até junho passado quando disse meu basta para essa tortura terrível porque até sofrimento e tortura têm seu limite de saturação. Afinal eu tinha dado um basta ao carinho, eu tinha dado um basta à doçura, eu tinha dado um basta à entrega, eu tinha dado um basta à ilusão romântica, eu tinha dado um basta à meiguice terníssima. Enfim: eu tinha dado um basta ao sonho. Era época mais que amadurecida de dar um basta à saudade e de dar um basta à tristeza, pois posso ser melancólica mas não sou masoquista. Era época mais que amadurecida de admitir para mim mesma que meu príncipe encantado tinha virado um sapo, rindo disso por não ser mais algo que tivesse poder de ferir-me novamente. Aliás não era caso de um príncipe encantado ter virado um sapo mas de um sapo nunca ter-se transformado em um príncipe encantado porque não havia nadinha de seu interesse fora de seu brejo. Resta-me fazer uma fritada desse sapo para comê-lo sem mais delongas, mas dizem que carne de sapo é horrível. Porém poderia transformá-lo em uma rã, que dizem ser saborosa realmente, mas não sou francesa suficientemente para comer coisas gosmentas que engolem insetos. Então fiz minha escolha por um salakadula menchikabula ao contrário para transformar esse sapo-não-príncipe em uma abóbora para comê-lo cozido e desfiado com carne seca e molho de iogurte com mostarda, sem poupar nenhuma sementinha. Dei um basta à condescendência também, cáspita ! Eu sou uma bela adormecida que ficou sem abóbora, sem príncipe, sem sapo - sem sequer uma fera encantada por uma rosa. Mas estou acordada agora como nunca estive acordada antes. Vieram cutucar um leão que estava dormindo sem ver o que estavam fazendo, não é ? Pois bem !