Casa de Sil de Polaris

Porque não se fica velho duas vezes !!!

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Local: Brazil

Eu sou proprietária dessa casinha magnífica que tem sofrido reformas ... ^^

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Eu estive cumprindo minhas resoluções de ano novo desde 01 de janeiro, aos pouquinhos, com calma, sem esquecimentos. Eu estou cuidando de mim mesma e de meus pertences desde então. Pus muita caixinha de cosmético e muita roupa de dia-a-dia em ordem nessa primeira quinzena passada. Minha noite de sexta-feira treze foi de preparação e separação de almofadas, jornais, sabonetes, suplementos, travesseiros para doação para uma entidade protetora de animaizinhos.



Tudo ficou organizado para ser juntado pela manhã de sábado seguinte para ser enviado à entidade em seu endereço de posto de adoção de animaizinhos mais próximo de minha residência naquele sábado de manhã. Eu coloquei caixas e sacolas de lixo reciclável em nossa calçada às cinco horas de manhãzinha e saí com um carrinho de feira carregado de doações às dez horas de manhã, quando era certo que aquele posto estava aberto e pronto para receber-me.



Mas eu não embalei aquele jornal e aquele suplemento em uma sacolinha à parte, pelo que paguei um preço pelo meu desmazelo. Aquele carrinho de feira era de varetas então aqueles jornais e suplementos escorregavam por elas conforme aquele carrinho de feira sacolejava. Eu pude impedir um estrago maior quando aqueles montinhos escorregaram ao chão pela primeira vez porque parei de andar há tempo. Fiz vigia para que não caíssem mais mas quando tem de ser ...



Não havia ninguém naquele posto de adoção. Talvez aquele dia nublado quase chuvoso tenha feito com que saíssem dali duas horas antes pois não haveria muito abrigo contra chuva para animaizinhos e cuidadores. Eu examinei direitinho mas não havia sinal de posto ali, em nenhum daqueles dois lados daquela esquina. Então resolvi voltar para minha residência por um caminho diferente, próximo à minha banca preferida de jornal, para ver se teria novidades a comprar.


Eu poderia conversar com minha tia-irmã, doida por cachorrinhos e gatinhos também, para nós irmos de carro ao posto de adoção mais distante daquele sábado, aproveitando para levar ração de sacos maiores com minha carga de carrinho de feira. Eu não tinha conseguido entregar minha carga, mas passear e visitar aquela banca estavam em meu roteiro daquela manhã também, então continuei minha caminhada pensando em como estocar naquele porta-malas direitinho.



Eu tinha mantido vigia sobre meu carrinho de feira também, olhando para ele ali atrás de vez em quando. Mas uma pedestre lerda à minha frente distraiu minha atenção quando ela obrigou-me a diminuir meu ritmo, ocupando aquela calçada estreita inteira, seguindo pelo meio de meu caminho, até que resolveu atravessar para outro lado finalmente após algum tempo sem dar-me passagem. Eu esqueci de minha vigia ao tentar livrar-me daquela mulher, raivosa pelo atraso.



Eu cheguei à esquina daquele cruzamento, de frente para aquela banca a visitar, terminando de atravessar aquele cruzamento maldito perigoso que eu abomino, assim como abomino qualquer cruzamento de trânsito, quase dando meu último passo para atingir minha última calçada, quando Mamãe Natureza fez sua filha Lei de Gravidade complicar minha manhã: metade daqueles jornais e suplementos escorregou pelas varetas daquele carrinho de feira aos meus pés.



Para complicar: eu percebi que aquele acidente havia acontecido quando aquela carga tocou meus calcanhares ao eu terminar de atravessar, quando aquele semáforo ficou verde para veículos e um vento começou a soprar, aliado ao vento produzido por aquela tonelagem de metal em movimento. Resultado: folhas e folhas de papel para todo lado ! Eu fiquei danada comigo mesma no ato, chamando-me de tonta daquele jeito delicado que eu tenho quando fico furiosa.



Eu quase roguei praga em São Pedro. Então uma afluência de raiva pelo meu serviço de separação de papel todo estragado e um lampejo de consciência cívica quando a manter minha cidade limpa fizeram com que eu não admitisse dar aqueles jornais e suplementos como pipas de presente ao vento. Eu coloquei aquele carrinho de feira a salvo naquela calçada, para onde dava olhadinhas de quando em quando, e tratei de caçar minha carga voadora de papel, resmungando.



Oh, eu estava sentindo-me uma mendiga andando pela cidade com um carrinho abarrotado de bugigangas, recolhendo o que encontrasse pelo caminho. Mas minha afluência de raiva e minha consciência cívica juntaram-se ao meu carinho pelos animaizinhos, que precisavam daqueles jornais e suplementos mesmo sempre. Então continuei minha caçada, tomando cuidado com aqueles semáforos daquele cruzamento maldito, que eu abomino mais ainda nesse momento.



Mamãe Natureza deve ter ficado um tantinho comovida comigo, correndo para cá e para lá como uma baratinha em dia de chuva, pois fez com que ventanias trouxessem parte de que haviam levado de volta para mim até aquela sarjeta em duas ou três vezes. Não era sempre que eu conseguia pegar cada montinho de papel que eu alcançava. Sequer pegava-o inteiro pela maioria de vezes. Isso porque uma ventania mais desobediente ou mais travessa tomava-o de mim.



Sem esquecer de mencionar que muitos carros a milhas por hora não fizeram-se de rogados em lançar minha carga de volta ao meio daquele cruzamento. Pois bem: meus instintos irritadiços italianos, não sei se calabreses ou sicilianos, talvez ambos, estavam mais que encarniçados naquela guerra: "Eu ficarei feito besta neste cruzamento pela manhã inteira mas retomarei minha carga para aqueles animaizinhos ! Ora, mas que desaforo !" Roguei praga em São Pedro !



Não era fácil correr atrás daqueles papéis, que ficaram presos em um túnel de vento naquele cruzamento para minha sorte, no hemisfério onde eu estava para minha sorte também, indo e voltando naquela ventania isolada de mão dupla. Mas ninguém veio ajudar-me, sendo que eu não podia mergulhar de cabeça simplesmente, de cócoras naquela sarjeta, pois seria decapitada a sangue frio pelo eixo mais próximo de cada carro que zunia em meus ouvidos tão fortemente.



Tudo era uma questão de correr em direção ao fardo mais próximo, que aquela ventania não tinha escrúpulo em desmembrar, para recolher o que pudesse a cada fisgada, vigiando se minha cabeça estava em segurança contra latarias à toda brida mais duras que ela. Era uma sorte aquele monte de papel não cair sobre parabrisa algum também. Mas sorte muda. Então eu, com meus pés de tendões feridos, teria de ser rápida. Foi meia hora de lufa-lufa, mas eu venci !!! ^^



Meu último papel recolhido colocou-me em rota de colisão com um motorista imbecil, em um carro enlouquecido que não estava lá quando eu atravessei até aquele meio de rua, que resolveu entrar à sua esquerda, onde eu estava, com semáforos vermelhos para todos aqueles veículos daquele lado, quando ele viu que não havia veículo vindo na pista com sinal verde, oposta a mim, vindo contra mim ao fazer uma curva muito aberta em uma conversão proibida violenta, rindo.



Não era meu dia de morrer em picadinho: meu senso de aranha fez com que eu olhasse em toda direção enquanto caçava minha presa toda vez. Eu saltei de banda quando aquele carro passou, ficando segura naquela calçada, onde aquele motorista foi xingado devidamente em voz baixa até que aquele semáforo ficasse verde novamente para mim, repousando de minha correria naquela calçada quando ele reabriu para veículos. Eu voltei ao carrinho, socando tudo ali devidamente.



Minha carga foi restabelecida totalmente quando soquei toda aquela papelada ali, juntando um papel único que foi muito cavalheiro de permanecer espetado à grama dura em um canteiro de praça onde minha banca preferida de jornal ficava estabelecida. Eu estacionei meu carrinho de carga à sua frente, indo xeretar pela prateleira de meus romances adoráveis onde encontrei dois livros e três romances de meu agrado, que foram comprados sumariamente. Eu voltei para casa.


Minha carga foi transferida ao porta-malas, onde foi reorganizada e separada, sendo unida ao carregamento duplo de ração que estava à espera sobre uma cadeira onde ele foi examinado e pesado. Eu conversei com minha tia-irmã antes de tomar banho e trocar roupa para levar nossa carga benfeitora e sair para almoçar em um restaurante de comida oriental, onde recompensei a mim mesma com um prato cheio de sushi e uma quantidade generosa de sashimi com shoyo.

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