Eu preciso tomar muito cuidado para não enfraquecer e não sabotar a mim mesma como pessoa quando cometer meus erros. Não posso cair em uma armadilha de desculpar-me facilmente, atribuindo tudo ao acaso ou ao objeto manipulado ou ao que deveria ter sido feito antes por outra pessoa ao invés de culpar minha inabilidade. Decidi isto quando estava fritando um ovo pela última vez. Comecei a culpar aquele ovo pelo óleo espirrado em minha mão e em minha roupa, além de por todo meu fogão, ao invés de culpar a mim mesma por ter partido aquele ovo de muito alto sobre minha frigideira. Eu tive que arcar com todas aquelas conseqüências de minha inabilidade apesar de ter posto toda culpa naquele ovo - o que reconheci ser uma besteira logo em seguida - de qualquer maneira: fogão e roupa para lavar e mão ferida para sarar, além de meu ovo frito não ter saído como eu queria. Assumir meus erros para estar bem comigo mesma e resolver o que tiver de ser resolvido sem entrave é o que de melhor tenho a fazer. Não é necessário ficar massacrando-me mas não é aceitável ficar culpando acasos e objetos, além de outras pessoas, pela minha inabilidade. Tampouco é aceitável minimizar tudo à moda forrestgumpiana, falando que m++++ acontece, para deixar tudo por isso mesmo, com o que alguém acabaria pagando em meu lugar inocentemente. Assumir significa tomar cargo para si.

Quando eu imaginaria que chegaria a essa conclusão ao fritar um ovo para meu sobrinho ? ... ^^ Mas é isto mesmo: resolver problemas é mais importante que atribuir culpas. Que se atribua culpa, o que significa que se descobriu um culpado, mas ater-se à solução de um problema, ao invés de ater-se ao massacre de um culpado, é um imperativo primordial a ser realizado, mesmo após definir-se um culpado. Resolver o que fazer com esse culpado vem em segundo plano.