Casa de Sil de Polaris

Porque não se fica velho duas vezes !!!

Nome:
Local: Brazil

Eu sou proprietária dessa casinha magnífica que tem sofrido reformas ... ^^

quinta-feira, 6 de outubro de 2005

Senti falta de não ter podido viajar para visitar minha tia-avó em seu sítio. Queria rever aquele lugar, onde não piso tem algum tempo, para ver como ele está, o que melhorou e o que piorou. Queria ver minha tia-avó, que tem muita idade, enquanto ela pode reconhecer-me e eu posso visitá-la. Queria visitar aquela estrada de pasto, aquele pomar vilipendiado, aquele rio que não tem curso embora tenha água, para poder sentir aquele frescor de capim com rio por perto e ver aquela luz de sol infiltrando pelas copas de árvores altas, principalmente uma mangueira altaneira de tronco tão espesso ao qual três pessoas precisam dar suas mãos para abraçar, plantada junto à estrada de acesso, vista pouco depois de atravessar pelo meio de um canavial. Eu ficava apreensiva e assustada toda vez que entrava pelo sítio passando por uma estrada de acesso feita de terra batida, que cortava um canavial pelo meio. Sentia esse incômodo porque aquelaas folhas compridas de cana entravam pela janela de nosso carro ao passar sempre, por mais devagar que fôssemos pela descida, e eram cortantes como facas. Cortei meu dedo dessa maneira uma vez, sem ficar com cicatriz. Tinha medo de fazer um corte desse tipo em meu rosto, ficando com uma cicatriz justamente onde não deveria haver cicatriz alguma. Nunca houve esse tipo de acidente e eu rezava para que nunca houvesse. Resolvoi entrar pelo canavial uma vez apenas, quando era época de corte, chamada ali por minha avó, junto de meus parentes, em uma viagem de férias. Eu havia sido chamada para provar um caule de cana-de-açúcar, cortado na hora, docinho, fresquinho pelo orvalho e pela sombra. Sentia cheiro de cana cortada e de restilho pelo ar em volta. Meus avós trouxeram um sortimento de jabuticaba em sua viagem de volta. Minha tia-avó fez gosto sempre em deixar sua irmã mais jovem levar frutos, legumes, verduras que ela quisesse ao voltar para sua casa. Aquela saúva que sou foi acordada plenamente de novo: comi sozinha uma tigela grande cheia de jabuticaba até sua borda, limpando aquela terrinha que ficava presa à elas sempre, mesmo com uma lavagem prévia. Tinha até folhinha de jabuticabeira vindo de brinde, presa a uma ou outra bolinha dulcíssima de fruto negro. Tudo o que sobrou foi um revival de cascas esmagadas. ^^

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