Casa de Sil de Polaris

Porque não se fica velho duas vezes !!!

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Eu sou proprietária dessa casinha magnífica que tem sofrido reformas ... ^^

sexta-feira, 21 de outubro de 2005

Censura. Vi esse monstrinho aparecer em todo programa desse referendo. O NÃO tem ficado preocupado quanto a censurar um direito porque não quer censura. O SIM tem ficado preocupado quanto a não censurar um direito porque quer censura. O NÃO tem apelado para uma política de susto. O SIM tem apelado para uma tática de sensibilização. Existiram pessoas contrárias às armas e favoráveis às armas em todo lugar e em todo tempo. Eu concordo com o grupo NÃO em um ponto: pessoas têm direito de possuir uma arma para auto-defesa, embora eu nunca vá concordar que auto-defesa resuma-se ao porte de arma. Eu concordo com o grupo SIM em um ponto: armas foram criadas para aleijar, ferir, matar, mas nunca concordaria que isto seria o único resultado que elas podem gerar. Esse programa político de referendo tem sido muito assustadiço e muito imaturo. Não tem sustentação à toda prova em si mesmo. Nossa nação não é versada em política. Nosso pensamento é adolescente: muita inflamação inicial, falando demais e fazendo de menos, lidando com uma situação que quer resolver mas sem estar informado verdadeiramente sobre essa situação, vendo partes sem todo.

Eu tenho deduzido que este referendo foi encomendado ou sugerido para mostrar algo concreto à população em geral para satisfazer à sede de resposta para seus esforços desde que eles começaram, anos e anos atrás, ainda em outro século, para amenizar humores entre contrários e favoráveis ao desarmamento, que formam esta população em geral. Seria algo democrático e diferente, que ficasse conhecido nacionalmente e fosse notícia internacionalmente, mostrando engajamento de nosso governo em uma questão que tem sido tema de discussão entre nações. Ocorrendo em um momento em que nosso governo está fritando seus pés descalços em chapa quente exatamente. Uma espécie de manobra para aquietar brasileiros mostrando uma votação democrática para decidir resultado interno quanto a este assunto e tentar impressionar estrangeiros mostrando-lhes que nosso governo não está alheio à questão de desarmamento. Tão calculista e tão hipócrita ! Um esforço em vão também. Por voto obrigatório ! Tem-se de votar, ou justificar ausência desde que se tenha um motivo válido que não seja forjado, caso contrário perde-se vários outros direitos civis, como obter passaporte por exemplo.

Votar em NÃO não vai ajudar a controlar violência. Votar em SIM não vai ajudar a diminuir violência. Não será exercendo ou não exercendo um direito a ser votado para decidir se ele será extinto ou mantido que haverá qualquer poder quanto à violência controlada ou diminuída ou extinta. Existe todo um aprendizado necessário por trás de uso de arma de fogo que segue muito além de saber carregar e mirar uma arma para disparar um gatilho contra um alvo. Ter direito de fazer ou não fazer isso, com ou sem ter porte de arma, consiste em um último degrau de escada nesse aprendizado. Toda essa violência urbana vem sendo criada por nós há milênios. Ela é interna à nós por uma questão de sobrevivência para cada um de nós e para nossos filhos. Criamos nossa primeira arma para caçar. Queríamos matar nossa comida. Era um motivo justo. Não existe ser nesse universo que não saiba naturalmente que tem de extrair seu sustento de algo externo a si se não quiser morrer. Nossa primeira arma foi um galho pontudo ou uma pedra lascada provavelmente. Era um uso justo, sendo universal entre espécies, cada qual com sua arma. Tornou-se problema quando fizemos mal-uso desse direito pela primeira vez e além.

Votarei nesse domingo. Nada de voto em branco, o que é estupidez. Jamais votarei em branco e tenho mantido essa decisão. Nada de voto nulo, pois não existe motivo válido para esse tipo de protesto nessa situação. Não tenho candidato a escolher onde não existe opção que valha seu peso em ouro dessa vez, razão de meu voto nulo em várias eleições. Darei meu voto para proteger vários outros de meus direitos civis, importantes realmente, sabendo de antemão por dedução que opção será vencedora. Essa violência jamais será extinta por ser parte de nós.

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