Casa de Sil de Polaris

Porque não se fica velho duas vezes !!!

Nome:
Local: Brazil

Eu sou proprietária dessa casinha magnífica que tem sofrido reformas ... ^^

quinta-feira, 20 de outubro de 2005

Censura. Uma cena de qualquer programa é cortada ou editada pela vontade de sua emissora, não importando se essa emissora é compradora ou produtora daquele programa. Cortes são feitos muitas e muitas vezes não por haver cenas que alguém possa chamar de inapropriadas de alguma maneira mas para encaixe de horário de programação. Vi isto acontecer muitas e muitas vezes, ou porque programas anteriores consumiram muito tempo ou porque tem propaganda paga a transmitir em um horário pré-programado ou porque tem uma grade de programação que não pode ter atraso ou tanto atraso. Não existe uma guerra velada contra anime. Existe uma emissora, que é uma instituição que oferece serviços e tem trabalho, que precisa cumprir sua tarefa diária. Vi tanto filme de sessão de tarde, cuja reprise eu estava assistindo, ter cenas inocentes cortadas por questão de adaptação ao horário (abstração que fiz por eu ter visto que começara com atraso). Verdade que existe censura de cenas sanguinolentas e violentas em anime, o que não acontece em filme com tanta freqüência, mas é verdade também que estão exibindo animes para adolescentes e adultos como se fossem feitos para crianças.

O que deveria ser feito não tem relação com censura. Tem relação com sensatez. Exibir o que é para ser exibido respeitando faixa etária, inclusive porque uma criança de até dez anos de idade não tem desenvolvimento de tudo o que é preciso ainda para apreciar um Yu-Gi-Oh ou um Yu Yu Hakusho. Tem idade para Tama ou Totoro. Essa idéia ignorante de que desenho animado foi feito para criança é um pensamento ocidental equivocado que deveria ser reorientado em um trabalho extenso para que compreendam finalmente porque Saint Seiya foi criado daquela maneira e porque tem-se algo chamado "segmentação de mercado" em seu país de origem. Mas fazer guerra contra censura quando ela não foi sequer sugerida pelas entrelinhas, para bom ou para mau entendedor, é agir de maneira igual mas com força contrária ao que se está pretendendo combater. Esse monstro de censura tem sido acordado até nessa campanha sobre votação em referendo. Estão falando sobre censurar um direito (tirar um direto). Um direito agora. Um direito depois. Todos nossos direitos mais tarde. Isto não passa de uma indução pura e simples feita de uma maneira muito baixa.

Uma arma não é e nunca foi representação de direito de auto-defesa. Nossa capacidade de auto-defesa não vai ser extirpada se houver resultado favorável à extinção de comércio legal de arma de fogo e munição nesse país. Sinto raiva quando assisto ao horário político a esse respeito ou quando recebo e-mails favoráveis ou não-favoráveis à medida sob votação. Tem-se feito um processo de indução quanto ao voto. Ninguém está argumentando para expor sua posição porque todos estão tentando induzir resultado. O NÃO pela racionalização pessoal de um direito conferido pela legislação. O SIM pela sentimentalização de perdas sofridas por outras pessoas, seja aleijando, seja ferindo, seja morrendo. Cáspita !!! Direito à legitimidade de auto-defesa é muito mais que ter direito a comprar e portar arma de fogo. Ter acesso à uma arma de fogo é muito mais que ser portador de uma tragédia ambulante iminente. Não é por não ter arma que serei vítima de violência. Não é por ter arma que serei autora de uma tragédia. Tem muito de indução e pouco de sensatez nesses casos de censura, seja para um anime, seja para uma propaganda de refendo sobre um direito de cidadão.

Vi uma saída para minha escolha de resposta nessa votação: procurar informação por conta própria para decidir meu voto por mim mesma sem considerar o que vejo de sensacionalismo por todo canto. Tenho achado um pouco de graça nessa briga por conta de um direito constitucional questionável que alguns querem extirpar e alguns querem manter. Decidiremos isto através de outro direito: direito de voto. Um "direito" que é obrigatório, do qual poucos são isentos. Ser obrigatório é contrário à natureza de um direito. Falta de sensatez novamente !

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial