Casa de Sil de Polaris

Porque não se fica velho duas vezes !!!

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Local: Brazil

Eu sou proprietária dessa casinha magnífica que tem sofrido reformas ... ^^

domingo, 26 de abril de 2009

Uma máxima antiga, talvez não tão velha quanto eu tenha imaginado, ouvida pela primeira vez por mim quando eu estava cursando colegial, tem vindo à minha lembrança com uma freqüência razoável: "ter coragem para aceitar coisas que não podem ser mudadas, ter coragem para mudar coisas que podem ser mudadas, ter sabedoria para distinguir entre estas duas situações". Tudo muito claro e muito sábio. Mas pensamento é pensamento e sentimento é sentimento há séculos.

Várias gerações existiram, com cada indivíduo lutando contra o que vinha em seu pensamento e o que vinha em seu sentimento. Não havia uma concordância simples entre pensamento e sentimento. Não tem sido diferente comigo. Eu tenho sido um joguete de meus pensamentos e de meus sentimentos há muito tempo, sendo que eles não entram em um acordo em um conflito de interesses que vem em ciclos intermináveis. Uma crise balzaquiana ? Não: impotência máxima !

Ver que existe um abismo muito fundo e muito largo entre eu poder fazer e eu querer fazer tem-me feito sentir-me amarrada e anulada, lutando contra paredes movediças que caminham contra mim inexoravelmente para transformar-me em recheio de um sanduíche de pedra, sem que eu tenha qualquer poder de evitar. Vontades inúteis de correr e gritar vêm até mim acompanhadas de aflição e agonia, mas recuso-me terminantemente a agir de uma maneira tão desamparada !

Viajar ao meu íntimo tem trazido sentimentos avassaladores, pondo-me em uma situação de sentir-me como terra arrasada, que foi queimada e salgada para que nada mais brotasse e nada mais crescesse. Ver que o que eu tenho feito pelos meus amigos e que o que eu tenho recebido de meus amigos não têm tido condão de reerguer-me tem-me feito um mal horroroso. Ver o quanto minha força tem sido inócua, com ou sem receber ajuda, tem mostrado o que eu não quis ver.

Viver tinha sido calmo e feliz para mim comigo mesma nessas últimas quase quatro décadas. Eu tinha consciência de que não era infalível e onipotente e que existiria alguém que pudesse mais que eu em algum lugar em algum momento, mas nunca tinha entrado em combate corpo a corpo com esse alguém. Então fui amarrada, obrigada a baixar minha cabeça violentamente, reduzida a zero em questão de segundos. Terei de ajoelhar-me em relação a isso para poder viver de novo ?

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