Leo estava jogando vídeo-game em nossa sala quando cheguei em casa ontem à noite. Ele havia escolhido um CD de Rei Leão que minha tia preferida deu de presente para ele. Fiquei olhando-o jogar, a pedido dele, que adora que eu veja suas partidas de vídeo-game. Era sua estréia naquele jogo. Meu sobrinho tem uma facilidade muito grande de assimilação, descobrindo o que fazer pelo jogo por tentativa e erro, com bastante engajamento para aprender.

Seus reflexos são muito bons. Ele controla seus gestos, não mexendo e remexendo seu controle com suas mãozinhas mas apertando botões apenas. Aprendeu que ele não precisa mexer e remexer seu controle e seu corpo para jogar. Sabe que basta controlar seus dedos pelos botões. Havia cenas de filme antes de iniciar cada fase. Uma delas era sobre aquele reencontro de Nalla e Simba na floresta à procura de caça, devido à escassez na savana leonina.

Vimos aquela cena ao meu pedido porque não é preciso esperar por ela para jogar sua fase seguinte. Eu disse que aquele pedacinho era muito legal e meu sobrinho quis ver. Um trecho em que o javali fica preso debaixo de uma raiz elevada de árvore ao tentar escapar da leoa na corrida, sendo ajudado pelo bichinho que guia a dupla (bichinho que não sei de que espécie é). Ambos gritam com um desespero imenso ao ver aquela leoa faminta vindo para cada vez mais perto deles, sem conseguirem soltar-se dali para evitar tornar-se almoço, salvos por um triz pelo leão crescido que salvaram de morrer de fome e sede, esturricado pelo deserto. Eu e meu sobrinho rimos muito com aquela cena porque aqueles gritos são cômicos, mesmo desesperados. Leo continuou jogando muito bem, chegando até uma fase em que Rafik, o babuíno zen-budista, enfrenta hienas, defendendo-se com artes marciais ao estilo Bruce Lee. Meu sobrinho não conhece Bruce Lee e não viu Rei Leão. Estou explicando e incentivando aos pouquinhos.