Casa de Sil de Polaris

Porque não se fica velho duas vezes !!!

Nome:
Local: Brazil

Eu sou proprietária dessa casinha magnífica que tem sofrido reformas ... ^^

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Minha mãe estava aborrecendo-me há dias e dias e dias sobre meu armário enorme de meu quarto em sua casa. Ela estava insistindo que havia cupim em sua madeira, mas não havia cupim algum. Entretanto dei-me ao trabalho de ir para casa de minha mãe para esvaziar meu armário inteiro, dando-lhe cinco banhos de venenos diferentes em dias diferentes. Mas tudo que pude conseguir foi acordar aquele tal cupim. Pus tudo de volta em meu armário por alguns dias a mais.

Minha mãe não parava de aborrecer-me para eu ir para sua casa para ver o que fazer por meu armário então eu combinei um dia para atendê-la e disse para ela retirar meus sapatos daquele armário e pô-los pelo chão de meu quarto para salvá-los daquele cupim que estava comendo tudo segundo ela. Vi um amontoado de objetos diversos espalhados pelo meu quarto inteiro quando cheguei à casa de minha mãe, vendo meu armário vazio. Senti-me despejada e expulsa !

Uma raiva furibunda tomou conta de mim imediatamente. Comecei a juntar tudo o que havia de roupa e sapato pelo quarto inteiro para levar peça por peça para casa de minha avó. Usei aquele porta-malas de carro de minha tia em sua capacidade máxima. Fiquei com tanta raiva quando vi que ela tinha posto muitos de meus sapatos em um saco grande de plástico preto para lixo ! Fiz um resgate total, mas não pude encontrar dois pares de sapatos. Trouxe vários livros também.

Mas não posso lotar toda casa de minha avó com meus pertences. Sequer tenho um móvel adequado onde colocá-los. Deixei tudo em um canto separado de saleta de meu avô, cômodo que esteve um tanto enfarfalhado pelas peripécias de minha mãe e de minhas tias. Eu estou examinando meus pertences, separando livros e papéis e textos que eu não quero para reciclagem. Pus uma arca de minhas roupas para lavar, lavando tudo dias atrás, quando vi sol.

Minha mãe tão interessada em meu armário, que esteve chamando de "seu armário" em um lapso que eu não pude perdoar, havia feito favor de colocar mais veneno pelo móvel com meus pertences todos ali dentro, o que fez com que várias de minhas roupas ficassem manchadas. Bravo, mamma !!! Não bastava eu ter sido assaltada de uma maneira ultra covarde e ultra violenta, cáspita ?! Ondas de desgosto têm passado pelo meu espírito vendo tal situação cambaia.

Um exame de sacolinha por sacolinha de meus pertences tem trazido lembranças e surpresas. Eu encontrei cartas antigas de amor e revistas velhas que ganhei de presente. Algumas serão retidas mas outras serão dadas de presente. Meu primo que adora anime e mangá tornou-se candidato para ser dono novo de alguns exemplares de Anime Ex Big e Anime Ex Illustrations, revistas que ganhei e nunca comprei porque não queria pagar por figurinha e sinopse de anime.

Talvez ele ganhe minhas New Type de presente também - outras revistas que ganhei de presente sem nunca haver procurado por elas pelas bancas por nunca ter-me interessado por elas (mas um presente não deve ser rejeitado por uma questão de educação fundamental). Talvez eu compre uma cômoda baixa, de gavetas fundas e largas, para guardar minhas roupas adequadamente pois uma gaveta de um guarda-roupa que não pertence a mim tem sido pouco.

Uma intromissão desse montante em meu quarto em casa de minha mãe nunca havia acontecido. Senti-me obrigada a mexer e remexer em meus pertences sem qualquer disposição para fazê-lo, como se eu fosse um touro a ser pêgo à marra. Mas decidi que farei essa vistoria e que farei essa vistoria sozinha totalmente. Basta de mãos e olhos alheios fazendo carnaval com minhas coisas. Eu estou criando disposição e esforço para reciclar e reorganizar como um relax.

Uma sacola repleta de livros de romance fictício foi um acréscimo agradável e encantador para minha bagagem de retirada em minhas viagens de carro à casa de minha mãe para terminar de trazer tudo o que foi retirado de meu armário para ser espalhado pelo meu quarto sem minha permissão. Eu estou lendo alguns desses romances fictícios ambientados em minha época preferida entre todas nossas idades históricas: Idade Média, pela Europa. Mas que delicia ! ^^

O que houver de papel com meu nome ou qualquer outra informação pessoal muito específica será picado e retalhado em um picador de papel muito bacaninha de uma praticidade comovente (ótimo para extravasar estresse !). Ou seja: o que havia armazenado de inscrição de vestibular (Fuvest, Unesp, Unicamp pelos idos de 93, 94, 95) e de provas e provas e provas de colegial (incluindo fracassos em Ciências Exatas e sucessos em Ciências Humanas). Tem-se que reciclar !

Reciclar em nome de respeitar águas, árvores, florestas, fontes, etc mas que ninguém fique enganado: eu não estou perdoando essa intromissão visigoda pelo meu armário e pelo meu quarto ! Eu estou esperando para ver quando minha mãe irá colocar suas mãos cheias de garras em minha cômoda, em meu criado-mudo, em meu gaveteiro. Talvez até em minha cama ! Tudo em nome de um cupim invasor que parece ser pior que uma praga de pingos pelo que ela diz.

Um ponto favorável à minha mãe: havia mesmo muito papel em meu armário, acumulados por uma razão particular, ou seja, para serem utilizados como fonte de informação para escrever e estudar, o que não aconteceu como eu havia planejado por uma série de razões complicadas envolvendo complexidades hormonais (adolescência idiota !). Mas de qualquer forma: era meu armário e minha propriedade, sem autorização de minha parte para ser mexido e revirado !!!

Rrrrrrrrrrr ! ... Eu contei dezesseis sacolinhas de material de estudo e leitura e devo ter despachado três sacolinhas mais ou menos depois de fazer intercâmbio entre elas para manter o que não era reciclável enquanto estive considerando minha mudança definitiva de endereço. Oh, mas que inferno ! Não tem praga que chegue para satisfazer meu espírito conturbado por essa situação ! Terei de examinar aquelas sacolinhas inteiras todas novamente para certificar-me.

Tem muita energia em fúria viajando pelas minhas veias pelo meu sangue junto de minha vontade de surrar alguém até cair por exaustão mas não existe uma válvula de estresse por perto em quem descer lenha com todo gosto como meu pai diz. Talvez eu tente uma matrícula em aulas de boxe tailandês para ter uma desculpa para surrar um poste ! Mas meus pertences continuam mudos à minha espera enquanto isso, com uma mala enorme de roupa para lavar.

Voltarei à carga esta noite, imaginando o que seria mais conveniente para comprar para manter meus guardados de papel em paz: uma arca ou várias pastas fundas de plástico com elástico. Então faltaria decidir onde esconder tudo para não ser assaltada e vilipendiada por minha mãe implicante com meus pertences com ou sem cupim ! Salientando que minha avó e minha tia preferida não ficam muito atrás de minha mãe quanto à essa mania ! Pelas chagas todas, viu !

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